Indicação para criação do Programa de Prevenção da Saúde à Doença de Endometriose é aprovada
Recentemente, a proposta de criação do Programa de Prevenção da Saúde à Doença de Endometriose, de autoria do Vereador Gil Magno (DC), foi aprovada na Câmara Municipal. O Programa deverá ter avaliações médicas periódicas, além da realização de exames clínicos e laboratoriais. Para tanto, o município poderá estabelecer cooperação técnica com os hospitais privados na realização dos exames.
A Portaria nº 879/16 do Ministério da Saúde criou o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas (PDCT) da Endometriose. Com isso, estabeleceram-se critérios para o diagnóstico da doença, o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, os mecanismos de controle clínico e de acompanhamento a serem seguidos pelos gestores do SUS.
No entanto, mesmo com a criação do PDCT da Endometriose, muitas mulheres brasileiras não têm tido o devido acesso ao correto tratamento da doença por meio do SUS. A espera para o início dos procedimentos terapêuticos pode ser longa e ultrapassar anos. “Essa indicação sugere que o Poder Executivo, por meio do Sistema Único de Saúde, aprimore os cuidados prestados às pessoas com endometriose. Os problemas decorrentes dessa condição vão além da dor, afetam a vida profissional e conjugal da mulher, a fragilizando fisicamente, psicologicamente e socialmente. O assunto, portanto, precisa ser analisado com o máximo de cuidado e celeridade possível”, pontua o vereador.
SOBRE A ENDOMETRIOSE – De acordo com a definição do Ministério da Saúde, endometriose é uma doença inflamatória provocada por células do endométrio (tecido que reveste o útero) que, em vez de serem expelidas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.
As mulheres com essa enfermidade costumam ter sintomas diversos, como dores durante o período menstrual, que pode incapacitá-las de exercer as suas atividades habituais, sofrimento nas relações sexuais, sangramentos intestinais e urinários, além de dificuldade de engravidar.
Segundo dados do SUS, uma a cada dez brasileiras tem endometriose.
A Indicação Legislativa 7623/2021 completa pode ser vista aqui.