Vereador propõe a criação da “Semana da Maternidade Atípica”
Petrópolis poderá ter em seu calendário oficial de eventos a “Semana da Maternidade Atípica”, a ser realizada anualmente no mês de maio. É o que prevê Projeto de Lei de autoria do vereador Domingos Protetor, aprovado na Câmara Municipal nesta quarta-feira (07).
São consideradas mães atípicas aquelas que têm filhos com alguma deficiência ou síndrome rara. A proposta é que sejam realizadas ações destinadas à promoção e valorização destas mães, como debates, encontros, rodas de conversa, oficinas temática e cursos, além de estimular a criação de políticas públicas de proteção às mães atípicas, sobretudo aquelas em saúde mental.
“Além da sobrecarga natural da maternidade, esta mulher ainda precisa se preocupar com os cuidados especiais da criança e o resultado, muitas vezes, é o isolamento e a frustração. Precisamos de cuidados especiais voltados a estas guerreiras que mantém uma rotina que geralmente é exaustiva", afirma o vereador, que lembra, ainda, uma pesquisa feita pelo Instituto Baresi, em 2012, que aponta que 78% dos pais abandonam filhos com deficiência ou doenças raras antes deles completarem cinco anos de idade, deixando toda a responsabilidade apenas com as mães.
O projeto também busca estimular a capacitação de servidores públicos municipais da área de saúde e assistência social para o acolhimento, diagnóstico e tratamento de doenças emocionais que podem surgir decorrentes da maternidade atípica, propiciar espaços para informar e sensibilizar a sociedade sobre as dificuldades enfrentadas, divulgar possíveis doenças emocionais, conscientizando e estimulando as mães atípicas ao autocuidado e apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em favor destas mulheres. As atividades poderão ser planejadas e desenvolvidas em conjunto com as secretarias municipais, podendo contar com palestras, apresentações, distribuição de panfletos ou cartilhas informativas.
"A ideia é promover uma reflexão, não somente sobre os desafios enfrentados por estas mães, mas também as alegrias que esta maternidade pode proporcionar, contribuindo para que se compreenda as peculiaridades de cada filho, sem haver, no entanto, distinção entre mães como pessoas, mas apenas diferença na experiência vivenciada nesta condição", pontua Domingos Protetor.
O projeto de lei será encaminhado ao Poder Executivo.